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Na hora de mandar um e-mail ou escrever uma mensagem, já bateu aquela dúvida de qual porquê usar? Calma, que isso é comum! Muita gente confunde os porquês, afinal, são quatro tipos.
O uso de diferentes formas não é uma questão de natureza da frase — se é uma interrogação (?) ou uma afirmação (.) —, é uma questão de função. Para distinguir as classificações e os sentidos dos porquês, foram introduzidas grafias diferentes para marcar cada classe:
Se você não sabe como usar os porquê, continue a leitura. É mais simples do que parece!
Separado e sem acento, “por que” é preposição ou pronome interrogativo.
Essa grafia pode ter dois usos. O primeiro é quando assume papel de preposição e tem sentido de “pelo(a) qual” ou “por qual motivo”.
| → Já sei o motivo por que fui reprovado. (Já sei o motivo pelo qual fui reprovado).
→ Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. (Desejo saber por qual motivo você voltou tão tarde para casa.) |
O segundo uso é como pronome interrogativo, utilizado em perguntas e longe do ponto de interrogação.
| → Por que você comprou este casaco?
→ Por que você não estudou ontem? |
Separado e com acento, “por quê” é pronome interrogativo.
Sinônimo de “por qual motivo”, essa versão é usada somente no final da frase.
| → Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
→ Será deselegante se você perguntar novamente por quê! |
Junto e sem acento, “porque” é conjunção.
Se você pode substituir por “pois”, “visto que” ou “já que”, o uso correto é “porque”.
| → Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar? (Você veio até aqui pois não conseguiu telefonar?)
→ Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. (Vou ao supermercado já que não temos mais frutas.) → Fiquei reprovado porque não estudei. (Fiquei reprovado visto que não estudei). |
Junto e com acento, “porquê” é substantivo.
Sinônimo de “motivo”, “causa” ou “razão”, “porquê” sempre virá acompanhado de determinante (geralmente um artigo).
| → Não consigo entender o porquê de sua ausência. (Não consigo entender a razão de sua ausência.)
→ Você não vai à festa? Pode me dizer ao menos um porquê? (Pode me dizer ao menos um motivo?) → Não sei o porquê da minha reprovação. (Não sei a causa da minha reprovação). |
Pode parecer muita informação, mas não é. Prestar atenção na função do “porquê” na frase é a dica mais importante. Depois disso, fica fácil saber qual usar.
Na dúvida, salve este post para conferir se está tudo certo quando você usar os “porquês” nos seus textos!
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